No pódio com os melhores
Em junho, outra fase da etapa nacional da olimpíada ocorreu em Manaus, onde Pâmela Magalhães, de 20 anos, conquistou a medalha de prata. Estudante na Firjan SENAI Jacarepaguá, ela foi a única mulher a competir na modalidade Gestão de Sistemas de Redes TI. Agora, ela prevê grandes oportunidades na profissão.
— Além de ser a única mulher na competição, consegui subir ao pódio praticamente empatada com o primeiro lugar. Mesmo que eu não vá para a Rússia, já posso dizer que sou a segunda melhor do Brasil na minha área. Isso é ótimo para o currículo — observa Pâmela.
A trajetória do confeiteiro João Marcos Andrade, de 22 anos, indica que as expectativas de Pâmela para a carreira devem ser mesmo altas. Após participar da etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento em 2014, o ex-aluno da Firjan SENAI, e pessoa com Síndrome de Down, teve pelo menos três experiências de trabalho e foi contratado por uma das principais confeitarias de Niterói, cidade onde mora. Para a mãe do jovem, Nelcy Andrade, o campeonato foi um divisor de águas na vida de João.
— Para a Olimpíada do Conhecimento, o João treinou durante dois anos com um treinador só para ele. A experiência toda fez as pessoas admirarem não só a superação dele, mas o currículo em si. Ele sempre é elogiado pela proatividade e pela independência. No período das olimpíadas, ele desenvolveu muitas habilidades, como decorar receitas e trabalhar em equipe — explica Nelcy.
Assim como João Marcos, o instrutor técnico Pablo Santos de Almeida, de 27 anos, percebe como a Olimpíada do Conhecimento alavancou sua carreira. Campeão nacional em Mecânica Diesel Veicular, em 2010, ele nem mesmo precisou buscar por oportunidades no mercado de trabalho. Pouco após vencer o campeonato, Pablo foi convidado para trabalhar em São Paulo, no grupo MAN Latin America.
— A indústria olha com atenção para quem vem da Olimpíada do Conhecimento. Em dois anos de treinamento para a competição, aprendi algo que profissionais geralmente levam 10 ou 15 anos para aprender no mundo do trabalho. É uma oportunidade única — avalia Pablo.
Supervisor de Pablo na Man Latin America, o especialista em treinamento e desenvolvimento da rede Eduardo Pignata explica como, na busca por profissionais de alto nível, o mercado de trabalho tende a valorizar ex-alunos de instituições reconhecidas pela indústria.
— Precisamos de pessoal bem preparado, que conheça bem o trabalho. Como instrutor, o Pablo é extremamente capaz, sempre se destacou acima das expectativas. Então, pela qualidade dos profissionais que nos chegam, sempre damos atenção para currículos de alunos da Firjan SENAI. Temos uma parceria de longa data com a instituição — declara.