É preciso desmistificar que a rede 5G seja somente uma internet mais rápida, que vai nos permitir baixar conteúdos em poucos segundos. É muito mais do que isso, será a rede que impulsionará outros avanços tecnológicos já criados, que não ganharam escala devido às limitações do 4G. No chão de fábrica, sensores, conectados diretamente à nuvem, serão inteligentes: não vão mais enviar informações para o controlador local que vai processar os dados e tomar uma decisão. Processamento descentralizado e computação em nuvem serão tecnologias que irão abarcar a próxima geração de equipamentos e dispositivos.
Realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) farão parte do nosso cotidiano, com transferência de dados diretamente para a nuvem e processando as imagens muito mais rápido. Em casa, dispositivos também conectados com a internet das coisas. Na rua, carros e drones autônomos.
A vida vai mudar e a indústria estará totalmente envolvida nesse processo. “Para que tudo isso aconteça precisamos de profissionais de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e de diversos técnicos capacitados. A pandemia já acelerou a demanda por novas tecnologias, e para implementação do 5G, teremos que formar mão de obra que entenda dessa tecnologia. Esses profissionais têm que ser formados; e esse é um problema mundial”, alerta Felipe Méier, presidente do Conselho Empresarial de Competitividade da Firjan.